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A Casa do Patrimônio Serra da Capivara representa a incubadora de projetos interdisciplinares ligados a educação e preservação do patrimônio cultural, material e imaterial na Região Sudeste do Piauí, e esta ligada ao IPHAN em parceira com as universidades locais e as comunidades que vivem e produzem cultura no entorno do Parque Nacional Serra da Capivara.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Lançamento do Romance Sobre História, Memória e Patrimônio.



A Aldeia do Tempo – Uma Introdução Amorosa aos Lugares de Memória da Vila Rica do Ouro Preto


O mergulho no mundo das ideias de uma outra época dá o tom para a busca pelo equilíbrio e pela comunhão nesta primeira ficção romanesca, e quase sempre depende de frases não ditas e perguntas não feitas ao passado. Por Gênesis Naum de Farias.


RESUMO


A discussão desta narrativa se transformou em um romance, e é por si mesmo um ensaio crítico, e assume o compromisso de refletir as questões que interessam às mudanças cruciais ocorridas no Brasil Colonial quando do advento da Inconfidência Mineira, onde um velho frade da Vila Rica Colonial retorna do passado sombrio nas masmorras da Fortaleza Ilha de São José das Cobras no Rio de Janeiro para relatar o que viu e experienciou com o terrível processo das Devassas. A pesquisa transformada em livro refaz o envolvimento dos Inconfidentes no motim que deflagrou o conflito político entre a Conjura Mineira e a Corte Portuguesa nos idos de 1789. E com certa confiança em demasia, retrata seus feitos nas tramas da História, atravessando outros riachos numa epopeia de sofrimentos, eternamente recortada por tempos sonoros, onde a liberdade quase que tardia norteava sonhos tão antigos quanto o vasto solo brasileiro. O relato histórico expõe também o desenrolar dos acontecimentos tardios, propondo-se a narrar o indulgente cenário desta terra sitiada pelo dramático, mas visceral acontecimento que culminou no processo de levante pela libertação das terras brasileiras nas Minas Gerais no mês de outubro de 1788. Tempos depois, as lembranças do processo seriam resguardadas à total indolência e ao desespero odioso de uma ansiedade provida pelo que foi pensado e executado, e pelo que foi desfeito a contragosto de todos com períodos de total indefinição e alheamento, revelando a simplicidade e a devoção de uma vida caótica e pobre. Muitos Inconfidentes foram torturados, outros trucidados e, outros tantos que faziam parte do clero constituído, foram relegados a uma pena não publicada nos anais da referendagem popular, mas como a historiografia documentou, sofreram na pele a dor de serem punidos – como os desviantes no Inferno – com sinais de indignidade e impiedade recorrente do ódio demoníaco dos poderosos representantes dos monarcas, quando, indefesos, foram renegados, como os anjos traidores, e confinados em masmorras fétidas e claustrofóbicas sem o mínimo balbuciar de vozes errantes que pairavam fora das prisões. A narrativa controlada revelou os ideais de uma sociedade que lutou para consolidar uma civilização igualitária, planejada para tornar independente o povo brasileiro.

Palavras-Chave: Arqueologia; Preservação Patrimonial; História; Conjuração Mineira; Lugares de Memória.



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FARIAS, Gênesis Naum de. A Aldeia do Tempo - Uma Introdução aos Lugares de Memória da Vila Rica do Ouro Preto / Gênesis Naum de Farias. ─ São Paulo: Scortecci, 2014.

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